quarta-feira, 17 de março de 2010

Palavra de Autoridade

Ainda não era duas horas da tarde de um dia de semana qualquer. O prédio só tinha treze andares, mas, por uma questão de superstição, o “14° andar” dele era todo tomado como head quarter para o presidente da companhia, uma multinacional que ocupava, na verdade, dois belos prédios na Praia de Botafogo. Eu trabalhava no departamento de engenharia da empresa, que ficava no 2° andar, já por alguns anos; mas, ainda não tinha tido a oportunidade de me avistar pessoalmente com o presidente da companhia por mais do que umas duas ou três vezes. Não que ele não fosse uma pessoa humana e acessível; ele era; a questão era que, conforme subiam os andares, subia também a importância das pessoas e o seu relacionamento com o cabeça da empresa.

Como todo “depois do almoço” e especialmente em função do monótono ruído do ar condicionado, o marasmo parecia geral. Era perfeitamente possível de alguém ser encontrado dormindo, de olhos abertos e folheando alguma coisa. De repente, começou um vozerio e um quase tumulto de pessoas descendo apressadamente pelas escadas e, sem muita demora, ouviu-se alguém falando em um tom de voz acima do normal, no andar de cima! A esta altura o pessoal da engenharia já estava todo alerta e botando a cabeça acima dos biombos, olhando uns para os outros, enquanto pairava no ar um grande sinal de interrogação! O impasse todo não demorou mais do que uns poucos minutos e entra ninguém menos do que o presidente da companhia que vinha descendo, de andar por andar; ele entra apressado, vai até o meio do corredor e fala quase gritando: “Evacuem o prédio! TODOS! Existe uma bomba no prédio! Deixem tudo como está e saiam! AGORA!”

Para resumir o relato, quando o presidente chegou ao térreo do prédio, chegava com ele os últimos funcionários; “grandes” e “pequenos”! Ninguém ousou perguntar coisa alguma, ninguém questionou, todos simplesmente obedeceram... Não só à ordem de evacuação, mas também à ordem de urgência! Tivesse o presidente delegado esse “recado” a um subalterno seu, será que teriam todos atendido? Teria o resultado sido o mesmo? Com certeza que não.

Esse acontecimento, fato real, sempre me faz lembrar do recado de urgência que Deus tinha para entregar a toda a humanidade. A condenação, em função do pecado, era iminente, repentina, catastrófica e irreversível! Assim, Ele decidiu descer, assumir a forma humana e entregar Ele mesmo o recado. E graças a Deus por isso; porque agora, como nos assegura a Sua Palavra, todo aquele que n’Ele crer, será salvo; mas o que não crer, já está condenado!


by, Enih Gil’ead

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